Salahuddin e os Xiitas

Todos os aspectos da vida deste grande homem eram únicos e puros, tendo sido relatados às crianças muçulmanas ao longo do tempo. Surpreendentemente, aquilo em que Salahuddin R.A. mais se dedicou, assim como o seu mestre Nurrudin Zengi R.A e que foi um aspecto vital na reconquista de Jerusalém, mal se ouve falar.

Salahuddin R.A. teve um papel importantíssimo no desmantelamento do império Xiita do Egipto, porque, enquanto eles existiam, os muçulmanos nunca conseguiram derrotar os cristãos devido à sua traição.

Desde a sua tenra idade de 17 anos em 1154 até 1171, num período de 16 anos, este bravo homem conseguiu executar a difícil tarefa de entrar na capital do estado Xiita, vencendo as massas, ganhar o controlo do seu exército e erradicar tudo o que representava a ideologia Xiita, incluindo as suas leis.

Foi sob o domínio de Salahuddin Al-Ayubi que Al-Azhar foi transformada numa universidade de Ahlus-Sunnah e as palavras Hayya Ala Khairil Amal foram retiradas do Azan no Egipto voltando para o método Sunnah após uma interrupção de 280 anos. Foi devido ao seu esforço que o nome do califa Xiita Ubeidullah foi removido do khutbah (sermão) tendo sido substituído pelos nomes dos ilustres califas e familiares de Rasulullah Sallalahu Alaihi wa Sallam conforme estava originalmente.

Esta árdua tarefa só poderá ser compreendida por quem tenta remover velhos hábitos e costumes numa sociedade. Egipto, durante 200 anos, somente ouviu propaganda Xiita; procissões no dia 10 de Muharram; histórias inventadas sobre a família de Rasulullah Sallalahu Alaihi wa Sallam, criando ódio em relação aos restantes sahabah.

Nuruddin chamou o pai de Salahuddin e transmitiu-lhe a seguinte mensagem: 'Esta é uma ordem que deve ser implementada de imediato, para concluirmos esta nobre tarefa antes da nossa morte, caso contrário ficaremos privados das virtuosas recompensas.'

Qadhi Ibn Abi Asroon(um brilhante juíz) foi enviado e com a sua ajuda e sabedoria, Salahuddin delineou um plano para acabar de vez com o governo Xiita no Egipto. Depois de preparar os egípcios para o golpe de estado, despediu os juízes Xiitas, baniu a propaganda de ideologia Xiita e removeu todos os símbolos Xiitas.

Em 565 A.H. baniu o Azan que continha as palavras 'Hayya Ala Khairi-Amal, Muhammad wa Ali khairul bashr' (Venham praticar a melhor das acções. Muhammad e Ali são os melhores de todos os homens). Depois, no dia 10 de Zul-Hijjah ordenou que os nomes dos virtuosos califas fossem mencionados no khutbah e que o nome do califa Xiita (Al-Adid) fosse mencionado de forma ambígua para confundir os Xiitas mas não provocá-los.

O khateeb (o que profere o sermão) foi ordenado a mencionar: 'Ó Allah, orienta os seguidores de Al-Adid para a Tua religião.' Finalmente, na primeira sexta-feira de Muharram em 567 A.H. o nome de Al-Adid foi removido do khutbah.

Al-Adid faleceu na sexta-feira seguinte. Salahuddin disse: 'Se eu soubesse que ele ia falecer na semana seguinte, deixaria estar o nome dele no khutbah por mais uma semana'.

O seu melhor conselheiro Al-Qadi Al-Fadil riu-se e respondeu: 'Ó meu mestre, se ele soubesse que não irias apagar o nome dele do khutbah, não haveria de morrer.'

Ṣalāḥ ad-Dīn Yūsuf ibn Ayyūb; em curdo: سه‌لاحه‌دین ئه‌یوبی; transl.: Selah'edînê Eyubî; c. 1138 - 4 de março de 1193), melhor conhecido como Salahuddin (em latim: Saladinus), foi um chefe militar curdo[1][2] muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. No auge de seu poder, seu domínio se estendia pelo Egito, Palestina, Síria, Iraque, Iêmem e pelo Hejaz. Foi responsável por reconquistar Jerusalém das mãos do Reino de Jerusalém, após sua vitória na Batalha de Hattin e, como tal, tornou-se uma figura emblemática na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral. Saladino, adepto do islamismo sunita, tornou-se célebre entre os cronistas cristãos da época por sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos sobre o sítio de Kerak em Moabe, e apesar de ser a nêmesis dos cruzados, conquistou o respeito de muitos deles, incluindo Ricardo Coração de Leão. Longe de se tornar uma figura odiada na Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval.

Alguns ditos de Salahuddin:

"Se quiserem destruir uma nação sem usar a guerra, basta espalhar o adultério e a nudez entre a juventude."

"Como é que eu posso sorrir e saborear a comida e bebida enquanto Al-Quds se encontra nas mãos dos Cruzados!?"

"Vitória é mudares o coração dos teus inimigos com gentileza e bondade."