Salahuddin e as Cruzadas
Durante os próximos 15 anos, Salahuddin Al-Ayyubi concentrou os seus esforços para mobilizar os exércitos muçulmanos mundialmente e lançar um ataque ao domínio cristão de Shaam, cujo momento mais decisivo foi a Batalha de Hittin onde ele derrotou o maior exército das Cruzadas de sempre.
Foi após esta batalha que o seu conselheiro-chefe Al-Qadi escreveu a seguinte carta:
Depois de louvar Salahuddin, ele escreveu:'O Seu servo escreve esta carta enquanto as cabeças ainda não se levantaram de sajdah (prostração) e as lágrimas ainda não foram limpas das faces. Sempre que o seu servo pensa no facto de estas igrejas um dia se transformarem em mesquitas e nos locais onde se celebrava a Trindade passarem a afirmar que existe um só Deus (Allah), agradece mais uma vez a Allah, algumas vezes verbalmente, outras vezes através das lágrimas.'
Pouco tempo depois, Allah agraciou Salahuddin com a benção de libertar Al-Aqsa das mãos dos Cristãos, uma vitória que atingiu o seu pico numa sexta-feira, 27 de Rajab em 583 A.H.
Quando este grande guerreiro entrou vitorioso na cidade acabando com um período de 90 anos de domínio cristão tirano, ordenou que nenhuma casa fosse alvo de roubo e que nenhum cristão fosse molestado.
Se lembrarmos a invasão dos Cruzados em 1099, quando Godofredo e Tancredo espalharam a morte nas ruas, afogando e queimando os muçulmanos, facilmente nos apercebemos a diferença de atitude entre a Jihad e as Cruzadas.